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Respostas
dos Eruditos Citados na Série "Quando a Jerusalém
Antiga Foi Destruída?" Escrevi para alguns eruditos*
citados na série "Quando a Jerusalém Antiga Foi Destruída?",
perguntando o que eles acham das conclusões publicadas na Sentinela
(01/10/2011 e 01/11/2011), e a maneira que foram citados para desacreditar
o ano 587 a.C. Embora haja uma nota na revista informando que "nenhum
dos eruditos citados defende que Jerusalém foi destruída
em 607 AEC", é interessante saber o que eles pensam porque
o escritor da Sentinela tenta encontrar nesses especialistas
alguma informação que venha a enfraquecer a data 587.
Numa inversão de papéis, seria como se os eruditos estivessem
ignorando informações em favor de um conceito errôneo
pré-concebido. Visto que esses acadêmicos podem
estar sendo inundados com emails em virtude desses recentes artigos
publicados pela Torre de Vigia, talvez nem todos se sintam dispostos
a me responder. Mas os que derem algum retorno publicarei suas respostas
aqui. Para ver uma
resposta, clique abaixo no link desejado. Para retornar ao topo desta
página, basta clicar no nome do erudito. 8. Annette Imhausen
10. S.
M. Burstein 11. Leo
Depuydt 12. Christopher Walker 13. G.
J. Toomer *
Ressalto que alguns importantes eruditos mencionados na revista A
Sentinela não podem ser indagados sobre o assunto porque
já morreram. É o caso de Raymond P. Dougherty e de Abraham
J. Sachsª. Felizmente,
este último foi entrevistado em 24 de junho de 1968 na Brown
University, Rhode Island, por Raymond Franz, que havia sido encarregado
pela Torre de Vigia para escrever o verbete "cronologia" da
enciclopédia bíblica Ajuda ao Entendimento da Bíblia,
em inglês (hoje conhecida por "Estudo Perspicaz das Escrituras").
O objetivo dessa entrevista era saber do Dr. Sachs se havia algum indício
que favorecesse a data 607 a.C. para a destruição de Jerusalém.
Raymond Franz relata em seu livro Crise de Consciência
que Sachs deixou claro que não existe essa possibilidade. Franz
depois se tornou membro do "Corpo Governante" das "Testemunhas
de Jeová". - Crise de Consciência, 4ª
edição, em inglês, p. 30 e comunicação
particular mantida com o autor. ª
Dougherty é mencionado na nota 10 e Sachs
nas páginas 26 e 27, e em algumas notas. - A Sentinela,
01/11/2011. ou retornar
à página inicial da análise -- x -- Em 12/10/11, escrevi
o seguinte email para o Dr. Sack: Olá, Dr.
Sack A revista A Sentinela de 1º
de novembro de 2011 publicou um artigo sobre cronologia neobabilônica.
Ela menciona que as fontes que apoiam a data 587 a.C. para a destruição
de Jerusalém não são confiáveis. Para corroborar
este ponto de vista você é citado algumas vezes, dentre
outros eruditos. Veja um exemplo abaixo, na página 23 : “O que os eruditos dizem? R. H.
Sack, uma destacada autoridade em documentos cuneiformes, declara que
as crônicas fornecem um registro incompleto de eventos importantes.
Ele escreveu que os historiadores precisam recorrer a ‘fontes
secundárias... na esperança de determinar o que realmente
aconteceu’. “O que os documentos mostram?
Que há lacunas na história registrada nas crônicas
babilônicas... Assim, é lógico perguntar: até
que ponto as conclusões baseadas nesse registro tão incompleto
são confiáveis?” Então, eu pergunto: você
concorda com a Torre de Vigia nessa aplicação que ela
fez do seu trabalho? Existe realmente alguma possibilidade do ano 587
a.C. estar errado? Eu sou um pesquisador brasileiro que
escreve sobre história antiga e apreciaria receber sua resposta. Obrigado, Adelmo Medeiros Em 13/10/2011 Dr. Sack me enviou
a resposta abaixo: Eu já respondi a muitos que têm
feito esta pergunta. A Sentinela me deturpa inteiramente. A
data para a destruição de Jerusalém é 587
a.C. O artigo da Sentinela não é assinado e é
uma completa deturpação do meu trabalho. Marjorie Alley
do Archaeological
Institute of America tem corretamente me representado na sua página
na Internet, onde ela cita corretamente meu livro Neriglissar -
o Rei de Babilônia, pp. 25-26. Em 12/10/2011 escrevi o seguinte
email para o Dr. Steele: Olá Dr.
Steele, A revista A Sentinela de 1º
de novembro de 2011 citou você algumas vezes em um artigo sobre
cronologia neobabilônica. O autor da matéria menciona a
tabuinha VAT
4956, e diz que sua informação astronômica pode
ter sido elaborada por um cálculo retroativo. Em outras palavras,
que as observações que ela contém foram calculadas
e não observadas. Para apoiar tal ponto de vista você foi
citado no artigo, na página 24: “Mas poderiam os babilônios
ter feito cálculos para trás no tempo a fim de
saber quando os eclipses ocorreram? O professor universitário
John Steele diz: ‘É possível que algumas das primeiras
predições tenham sido feitas por meio de cálculos
para trás na época em que o texto foi compilado.’
(O grifo é nosso.)” Então, eu pergunto: a sua declaração
acima realmente se aplica à VAT 4956? Eu sou um pesquisador brasileiro que
escreve sobre história antiga e apreciaria receber sua resposta. Obrigado, Adelmo Medeiros O Dr. Steele removeu o seu email
do site da Universidade de Durham. Isto parece indicar que ele não
deseja mais responder emails sobre o assunto publicado na Sentinela.
Felizmente, o Dr. Steele já havia respondido a um email
de semelhante teor que foi enviado por Marjorie Alley, que é
do Archaeological Institute of America, segundo informou o
Dr. Sack. Em
02/09/2011, Alley recebeu a seguinte resposta de John Steele: Prezada Senhora Alley, Obrigado por seu e-mail sobre a citação
de meu trabalho no artigo da Sentinela recente. Conforme você
sugere, o autor desta peça está deturpando completamente
o que eu escrevi, tanto no que eles dizem sobre as três medições
lunares como no que eu digo sobre a possibilidade de retrocalcular os
eclipses (meus comentários sobre os últimos foram restritos
a um distinto e pequeno grupo de textos que são diferentes do
Diário que estão discutindo). Só em passar a vista
no artigo da Sentinela deu para perceber que eles também
têm deturpado as opiniões de outros estudiosos através
de citações seletivas fora do contexto. Eu examinei a data da VAT 4956 em várias
ocasiões e não vejo nenhuma possibilidade dela ser datada
em outro ano que não seja a data convencional. John Steele Disponível
em Jehovahs-Witness.net Em
13/10/2011 escrevi o seguinte email para o Dr. Brown: Olá Dr. Brown, A revista A Sentinela de 1º
de novembro de 2011 publicou um artigo sobre cronologia neobabilônica.
A revista menciona que as fontes que apoiam o ano 587 a.C. para a destruição
de Jerusalém não são confiáveis. Para corroborar
este ponto de vista, ela menciona o seu trabalho, dentre outros. Veja
abaixo: “O professor universitário
David Brown, que acredita que as tabelas astronômicas incluíam
predições feitas pouco antes dos eventos registrados,
reconhece que é concebível que algumas delas fossem ‘cálculos
retroativos realizados por escribas no quarto século a.C. ou
em séculos posteriores’. Se esses cálculos forem
retroativos, será que podem ser considerados absolutamente confiáveis
sem que outras evidências os confirmem?” - pp. 24,25. A Torre de Vigia diz que a VAT 4956 não
é confiável pela razão acima, porque as observações
na tabuinha foram calculadas e não observadas. Então, eu pergunto: você
concorda de alguma maneira com a aplicação que a Torre
de Vigia fez do seu trabalho? Existe mesmo alguma possibilidade do ano
587 a.C. estar errado? Seria o ano 607 a data correta para a destruição
de Jerusalém? Eu sou um pesquisador brasileiro que
escreve sobre história antiga e apreciaria receber sua resposta. Obrigado, Adelmo Medeiros Em 13/10/2011 Dr.
Brown respondeu: Eu acho que já respondi essa questão.
É que eu deixei o campo e não me preocupo mais com essas
questões. Desejo-lhe sorte com seu trabalho, mas gostaria de
lhe pedir que respeitem a minha privacidade. Em virtude do conteúdo
do email acima, posto aqui a minha resposta, enviada em 13/10/2011: Grato por responder, Dr. Brown. Desculpe-me
por incomodá-lo com este assunto. É que eu não
sabia que você não trabalhava mais nesse campo. Eu vou
tentar localizar a resposta que você deu sobre o que eu perguntei.
Devo confessar que realmente eu não sei onde ela está
publicada. Obrigado, Adelmo Medeiros Em 13/10/2011 escrevi o seguinte
email para o Dr. Bert van der Spek: Olá Dr.
van der Spek, A revista A Sentinela de 1º
de novembro de 2011 publicou um artigo sobre cronologia neobabilônica.
Ela menciona que as fontes que apoiam a data 587 a.C. para a destruição
de Jerusalém não são confiáveis. Para corroborar
esse ponto de vista você é citado na página 25: “Mesmo que um eclipse tenha ocorrido
em certa data, será que isso significa que a informação
histórica que o escritor da tabuinha atribuiu àquela
data é exata? Não necessariamente. O erudito R. J. van
der Spek explica: ‘Os compiladores eram astrólogos, não
historiadores.’ Ao falar de partes de tabuinhas com registros
históricos, ele as descreve como ‘mais ou menos casuais’,
e alerta que esse tipo de informação histórica
precisa ‘ser usada com cautela’.” A Torre de Vigia diz que a VAT
4956 não é confiável pela razão acima,
dentre outras. Então, pergunto: você concorda
de alguma maneira com a aplicação que a Torre de Vigia
fez do seu trabalho? Existe mesmo alguma possibilidade do ano 587 a.C.
estar errado? Seria o ano 607 a data correta para a destruição
de Jerusalém? Eu sou um pesquisador brasileiro que
escreve sobre história antiga e apreciaria receber sua resposta. Obrigado, Adelmo Medeiros Em 24/10/2011 Dr.
Bert respondeu: Prezado Sr. Medeiros, Obrigado pelo seu email. Alguém
na Holanda também me fez esta pergunta. The_Astronomical_Diaries_as_a_source_for_Achaemenid_and_Seleucid_History
O mesmo vale para as informações
dos cronistas, que eram as mesmas pessoas, conforme eu argumentei na
Referência de Stol Festschrift ao livro (embora não para
o artigo), que você pode constatar no link abaixo: Então, me atrevo a dizer que a
informação da crônica ABC 5 rev. 12 mostra que Jerusalém
foi tomada pela primeira vez em 2 de Adar, no sétimo ano de Nabucodonosor
= 16 de março de 597 a.C. (no calendário juliano). A segunda
deportação é datada para 587 e 586 a.C. Disto nós
não temos evidências babilônicas, e a informação
bíblica é ambígua*. É claro que a informação
histórica dos diários deve ser usada com cautela, como
deve ser feito com todas as informações históricas.
O interesse dos escribas babilônios era a coleta de informações
do céu relacionadas com informações na Terra, e
eles tinham especial interesse no destino do rei e nos eventos em Babilônia.
E eles fizeram isto com uma precisão surpreendente. Os eventos
de longe que eles apenas ouviram falar, estes eventos não podem
ser datados com o mesmo grau de precisão dos eventos em Babilônia.
Mas é categoricamente impossível retroagir os eventos
em 20 anos. Como acontece tantas vezes neste tipo de argumentação:
os autores encontraram apenas uns poucos textos com alguns problemas
menores, e tentar resolvê-los criaria uma mudança substancial
na cronologia aceita, criando então milhares de novos problemas,
que eles não resolveriam (e nem poderiam resolver). A base documental
para a cronologia tradicional é tão esmagadora que, na
verdade, é uma perda de tempo discuti-la em grandes detalhes. *
Para saber a que ambiguidade bíblica o professor Bert se refere,
entre neste link. Em 14/10/2011 escrevi
o seguinte email para o Dr. Huber: Prezado Dr.
Huber, A revista A Sentinela de 1º
de novembro de 2011 publicou um artigo sobre cronologia neobabilônica,
onde afirma que as fontes que apoiam a data 587 a.C. para a destruição
de Jerusalém não são confiáveis. A revista também informa que a
tabuleta VAT
4956 possui indícios de que o período neobabilônico
foi 20 anos mais longo do que pensamos. Para corroborar esse ponto de
vista o seu livro Babylonian Eclipse Observations From 750 BC to
1 BC é citado na p.28. O seu trabalho fornece mesmo alguma pista
para se chegar à conclusão acima? Eu sou um pesquisador brasileiro que
escreve sobre história antiga e apreciaria receber sua resposta. Obrigado, Adelmo Medeiros Em 15/10/2011 Dr.
Huber respondeu: Caro Dr. Medeiros, Eu não acho que o nosso livro
fornece evidências para que a VAT 4956 tenha uma data anterior
ao 37º ano de Nabucodonosor, muito pelo contrário! Ambos
os eclipses, de 4 de julho de 568 a.C. e 15 de julho de 588 a.C., eram
invisíveis em Babilônia (abaixo do horizonte), e o eclipse
anterior, na verdade, é mencionado em um texto como ocorrendo
no mês IV, ver Huber - De Meis, p.89. O fato é que entre
os anos 2 e 42 de Nabucodonosor há pelo menos 15 eclipses lunares
que foram observados, e eles concordam com a cronologia de Nabucodonosor
geralmente aceita. Uma mudança de 20 anos é incompatível
com estes eclipses. O último tratamento completo da
VAT 4956 esta em: A. J. Sachs e H. Hunger, Diários
Astronômicos e Textos Relacionados de Babilônia, vol.
I, (1988), Viena, p.46-53. Eu sempre achei que a data do texto foi
fixada de maneira única por abundantes observações
planetárias e lunar. Tanto quanto me lembro, isto foi constatado
por P. V. Neugebauere e E. F. Weidner já em 1915. Eu nunca achei
que fosse necessário eu mesmo fazer essa verificação. Ao seu dispor, Prezado Sr. Medeiros, Eu esqueci de elaborar minha afirmação
"bastante pelo contrário!" Ao apontar que, entre os
anos 2 e 42 de Nebukadnezar, há pelo menos 15 eclipses lunares
observados, ver Huber e De Meis, e eles concordam com a cronologia geralmente
aceita de Nebukadnezar. Uma mudança de 20 anos é incompatível
com esses eclipses. A seu dispor, Peter J. Huber
Em 14/10/2011 escrevi
o seguinte email para o Dr. Stephenson: Eu sou um pesquisador brasileiro que
escreve sobre história antiga, e gostaria de saber a sua opinião
a respeito de um assunto. Eu apreciaria muito a sua resposta. A revista A Sentinela de 1º
de novembro de 2011 publicou um artigo sobre cronologia neobabilônica,
onde menciona que as fontes que apoiam a data 587 a.C. para a destruição
de Jerusalém não são confiáveis. Além
disso, a revista também informa que o diário astronômico
VAT
4956 possui indícios de que o período neobabilônico
foi 20 anos mais longo do que pensamos. Ao introduzir o assunto acima, o seu
artigo “The Earliest Datable Observation of the Aurora Borealis”
é mencionado (conforme sabe, ele foi publicado em Under One
Sky — Astronomy and Mathematics in the Ancient Near East). Então, pergunto: visto que você
é um especialista em arqueoastronomia, há alguma possibilidade
desses antigos diários astronômicos apoiarem a matéria
publicada na Sentinela? Atenciosamente, Adelmo Medeiros Vide a resposta abaixo do Dr.
Willis, que respondeu também em nome do Dr. Stephenson. Em 14/10/2011 escrevi
o seguinte email para o Dr. Willis: Eu sou um pesquisador brasileiro que
escreve sobre história antiga, e gostaria de saber a sua opinião
a respeito de um assunto. Eu apreciaria muito a sua resposta. A revista A Sentinela de 1º
de novembro de 2011 publicou um artigo sobre cronologia neobabilônica,
onde menciona que as fontes que apoiam a data 587 a.C. para a destruição
de Jerusalém não são confiáveis. Além
disso, a revista também informa que o diário astronômico
VAT
4956 possui indícios de que o período neobabilônico
foi 20 anos mais longo do que pensamos. Ao introduzir o assunto acima, o seu
artigo “The Earliest Datable Observation of the Aurora Borealis”
é mencionado (conforme sabe, ele foi publicado em Under One
Sky — Astronomy and Mathematics in the Ancient Near East). Então, pergunto: visto que você
é um especialista em arqueoastronomia, há alguma possibilidade
desses antigos diários astronômicos apoiarem a matéria
publicada na Sentinela? Atenciosamente, Adelmo Medeiros Em 18/10/2011 Dr. Willis respondeu: Prezado Adelmo Medeiros, Obrigado pela sua pergunta sobre o artigo
da revista A Sentinela (1º de novembro de 2011). Outros
pesquisadores também trouxeram atenção sobre este
artigo ao Professor Richard Stephenson e a mim mesmo. ....................................................
parte omitida temporariamente a pedido do emitente ............................................................. .................................................................................................................................................................................................. .................................................................................................................................................................................................. Com os melhores cumprimentos, Em 14/10/2011 escrevi o seguinte
email para a Dra. Imhausen: Prezada Dra. Imhausen, Eu sou um pesquisador brasileiro que
escreve sobre história antiga, e gostaria de saber a sua opinião
a respeito de um assunto. Eu apreciaria muito a sua resposta. A revista A Sentinela de 1º
de novembro de 2011 publicou um artigo sobre cronologia neobabilônica,
onde menciona que as fontes que apoiam a data 587 a.C. para a destruição
de Jerusalém não são confiáveis. Além
disso, a revista também informa que o diário astronômico
VAT
4956 possui indícios de que o período neobabilônico
foi 20 anos mais longo do que pensamos. Ao introduzir o assunto acima, eles mencionam
o artigo “The Earliest Datable Observation of the Aurora Borealis”
que foi publicado na obra Astronomy and Mathematics in the Ancient
Near East. Então, visto que você foi
editora da obra acima, pergunto: Na sua opinião, existe mesmo alguma
possibilidade dos antigos diários astronômicos apoiarem
o que é defendido na Sentinela? Atenciosamente, Adelmo Medeiros Não recebi resposta da
Dra. Imhausen. Em 16/10/2011 escrevi o seguinte
email para a Dra. De Meis: Prezado Dr. De Meis, A revista A Sentinela de 1º
de novembro de 2011 publicou um artigo sobre cronologia neobabilônica,
onde afirma que as fontes que apoiam a data 587 a.C. para a destruição
de Jerusalém não são confiáveis. A revista também informa que a
tabuinha VAT
4956 possui indícios de que o período neobabilônico
foi 20 anos mais longo do que pensamos. Para corroborar esse ponto de
vista o seu livro Babylonian Eclipse Observations From 750 BC to
1 BC é citado na p.28. Então, eu pergunto: Você acha que seu trabalho fornece
mesmo alguma pista para se chegar à conclusão acima? Eu sou um pesquisador brasileiro que
escreve sobre história antiga e apreciaria receber sua resposta. Obrigado, Adelmo Medeiros Em 18/10/2011 Dr. De Meis respondeu: Prezado Dr. Adelmo, No livro "Observações
de Eclipses Babilônicos", Huber e eu não apoiamos
uma mudança de 20 anos na cronologia. O professor Hunger explicou que na transliteração
da VAT 4956 não é mencionada "a lua", e ele
é extremamente confiável. Foi apenas um deslize na tradução,
o que é perfeitamente possível, levando-se em consideração
que ele publicou centenas de tabuinhas. Não foi uma falsificação. Portanto, eu sugiro que você desconsidere
essa [suposta] diferença de 20 anos. Cordialmente, Salvo De Meis Em 16/10/2011 escrevi o seguinte
email para o Dr. Burstein: Prezado Dr.
Burstein, A revista A Sentinela de 1º
de outubro de 2011 publicou um artigo sobre cronologia neobabilônica,
onde afirma que as fontes que apoiam a data 587 a.C. para a destruição
de Jerusalém não são confiáveis. Para apoiar
este ponto de vista o seu livro é citado na página 29:
“Qual é a opinião
de outros eruditos sobre Beroso? ‘No passado, Beroso era considerado
historiador’, diz S. M. Burstein, que fez um estudo abrangente
das obras de Beroso. Mas ele concluiu: ‘Considerando como tal,
seu desempenho deve ser declarado inadequado. Mesmo levando em conta
seu estado atual, incompleto, Babyloniaca contém uma
série de erros surpreendentes sobre fatos simples... Para um
historiador, esses erros comprometeriam o seu trabalho, mas o objetivo
de Beroso não era histórico.’” Então, eu pergunto: o seu livro
realmente provê informações que nos levem à
conclusão de que o ano 587 não se baseia em fontes confiáveis,
sendo o livro de Beroso uma delas? Eu sou um pesquisador brasileiro que
escreve sobre história antiga e apreciaria receber sua resposta. Obrigado, Adelmo Medeiros Em 16/10/2011 Dr.
Burstein respondeu: Caro Sr. Medeiros: Obrigado pelo seu e-mail. Infelizmente,
o artigo na Torre de Vigia é enganoso neste ponto. Enquanto Beroso
claramente cometeu erros conforme observei no meu livro, seu relato
sobre a captura de Jerusalém, se ele a discutiu, não sobreviveu
[até os nossos dias]. Em outras palavras, não temos nenhuma
evidência sobre que data ele pode ter atribuído a esse
evento e sua obra atualmente em estado fragmentário não
é relevante para a datação [da destruição
de Jerusalém]. Sinceramente ao seu dispor, Stanley Burstein 11.
LEO
DEPUYDT Em 16/10/2011 escrevi o seguinte
email para o Dr. Depuydt: Prezado Dr.
Depuydt, A revista A Sentinela de 1º
de outubro de 2011 publicou um artigo sobre cronologia neobabilônica,
onde afirma que as fontes que apoiam a data 587 a.C. para a destruição
de Jerusalém não são confiáveis. Para apoiar
este ponto de vista você é citado na página 30:
“ ‘Já por muito tempo
se sabe que o Cânon é confiável no aspecto astronômico’,
escreveu o professor universitário Leo Depuydt, um dos defensores
mais entusiásticos de Ptolomeu, ‘mas isso não quer
dizer que ele seja automaticamente confiável no aspecto histórico’.” Então, eu pergunto: no seu artigo
realmente existem informações que nos levem à conclusão
de que o ano 587 não se baseia em fontes confiáveis, sendo
o Cânon de Ptolomeu apenas uma delas? Eu sou um pesquisador brasileiro que
escreve sobre história antiga e apreciaria receber sua resposta. Obrigado, Adelmo Medeiros Em 16/10/2011 Dr.
Depuydt respondeu: Prezado Sr. Medeiros, Ao invés de responder diretamente,
estou encaminhamento minha correspondência recente com alguém
que fez uma pergunta similar [vide abaixo]. 607 AEC esta fora de questão
como a data da destruição de Jerusalém e as evidências
são sólidas. Obrigado e meus cumprimentos, Leo Depuydt ... Prezado Sr. Korpela, O Cânon está totalmente
confirmado por muitas outras fontes, tais como os Diários Astronômicos
de Babilônia. O ano 607 AEC está fora de questão
para ser considerado a data da destruição de Jerusalém.
No meu artigo, eu estava advogando por
uma comparação mais explícita do Cânon com
textos cuneiformes. Eu declaro mais adiante no artigo que "o ‘de
acordo’ parece ser a regra" quando se trata de fazer uma
comparação entre o Cânon e o registro cuneiforme.
Essa afirmação é baseada em parte no trabalho de
Abraham Sachs e Hermann Hunger sobre os diários astronômicos.
Existem inúmeras sobreposições
entre o Cânon e estes diários. Não há dúvida
de que a prova poderia ser apresentada de forma mais explícita
e de maneiras que fossem mais acessíveis aos leigos. Um problema
é que muitos textos foram publicados há cerca de somente
de 20 anos. Mas enquanto isso, desde que o meu artigo foi publicado,
tem havido uma atenção mais explícita para o assunto
(veja, por exemplo, todos os materiais publicados por Carl Olof Jonsson
em http://kristenfrihet.se). Muitas felicidades, Leo Depuydt P.S. Eu não tenho um scanner. Em 16/10/2011 escrevi o seguinte
email para o Dr. Walker: Prezado Dr. Walker, A revista A Sentinela de 1º
de outubro de 2011 publicou um artigo sobre cronologia neobabilônica,
onde afirma que as fontes que apoiam a data 587 a.C. para a destruição
de Jerusalém não são confiáveis. Para apoiar
este ponto de vista o seu livro Mesopotamian and Iran in the Persian
é citado na página 30: “O canon de Ptolomeu era ‘um
esquema artificial para fornecer aos astrônomos uma cronologia
coerente’ e ‘não para fornecer aos historiadores
um registro preciso da ascensão e morte de reis’.” Então, eu pergunto: na sua tradução
do Almagesto de Ptolomeu, realmente proveu informações
que nos levem à conclusão de que o ano 587 não
se baseia em fontes confiáveis, sendo o livro de Beroso uma delas? Eu sou um pesquisador brasileiro que
escreve sobre história antiga e apreciaria receber sua resposta. Obrigado, Adelmo Medeiros Não recebi
resposta do Dr. Walker. Atualmente, ele está aposentado e não
trabalha mais no Museu Britânico, conforme a pessoa que está
agora em seu lugar me informou. Em
17/10/2011 escrevi o seguinte email para o Dr. Toomer: Prezado Dr. Toomer, A revista A Sentinela de 1º
de outubro de 2011 publicou um artigo sobre cronologia neobabilônica,
onde afirma que as fontes que apoiam a data 587 a.C. para a destruição
de Jerusalém não são confiáveis. Para apoiar
este ponto de vista sua tradução do Almagesto é
citada nas páginas 30 e 31: “Ptolomeu explicou que por usar
cálculos de astronomia, baseados em parte em eclipses, ‘conseguimos
calcular para trás até o começo do reinado de Nabonassar’,
o primeiro rei da lista.” – Almagesto, III, 7, traduzido
por G. J. Toomer, 1998, p. 166. Então, eu pergunto: você
acha que o seu trabalho realmente fornece informações
que nos levem à conclusão de que o ano 587 não
se baseia em fontes confiáveis, sendo o Cânon de Ptolomeu
apenas uma delas? Eu sou um pesquisador brasileiro que
escreve sobre história antiga e um
dos tradutores oficiais para o português do livro "Tempos
dos Gentios Reconsiderados" (que aborda cronologia neobabilônica),
escrito por Carl Olof Jonsson, da Suécia. Eu apreciaria receber a sua resposta,
ainda que em poucas palavras. Com meus melhores cumprimentos, Adelmo Medeiros Em 17 de Outubro de 2011 um professor
emérito da Brown University me enviou um email informando que
o Dr. Toomer já está aposentado e não atua mais
na universidade.
Atenciosamente,
As citações de meu artigo estão corretas, porém
fora do contexto. O que eu argumentei realmente é exatamente
o oposto. Os estudiosos babilônios eram bons cientistas e fizeram
registros precisos dos fenômenos celestes, que podem ser verificados
pelos astrônomos modernos. A informação histórica
dos diários astronômicos muitas vezes podem ser verificadas
também com a ajuda de outras fontes e elas geralmente estão
corretas. Isto é mostrado no restante do meu artigo, que pode
ser visto no link abaixo:
Meus cumprimentos,
Prof. Dr. R. J. (Bert) van der Spek
Professor de História Antiga da Universidade de Amsterdam
Departamento de Arqueologia, Clássicos e Estudos do Antigo Oriente
Próximo
Olá, Dr. Stephenson
Olá, Dr.
Willis
O Professor Richard Stephenson e eu acreditamos que a data apresentada
em nosso artigo intitulado “As Antigas Observações
Datáveis da Aurora Borealis” está correta.
David Willis
(Korpela é um leitor da Finlândia)